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13 de Dezembro de 2018

Economia crescerá 2,7% e indústria terá expansão de 3% em 2019, prevê CNI

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A economia brasileira crescerá 2,7% no próximo ano, impulsionada pela expansão de 3% da indústria e de 6,5% do investimento. O consumo das famílias, outro importante motor do crescimento, aumentará 2,9% em 2019. As previsões estão na edição especial do Informe Conjuntural – Economia Brasileira, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga nesta quarta-feira (12). No entanto, esse cenário só se confirmará se o governo eleito fizer o ajuste duradouro nas contas públicas, avançar nas reformas estruturantes, como a previdenciária e a tributária, e adotar medidas para melhorar o ambiente de negócios, entre as quais estão a desburocratização.

“O país deve se unir em favor de medidas que impulsionem o desenvolvimento econômico e social”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Além das estimativas positivas para o próximo ano, o Informe Conjuntural destaca que há espaço para um crescimento maior e sustentado. “Se os avanços na agenda da transformação e das reformas forem substantivos, a resposta dos agentes econômicos poderá ser mais rápida e potencializar o crescimento”, avalia a CNI. “Os consumidores terão confiança para suas decisões de consumo e os empresários maior disposição para investir e contratar”, afirma o estudo. Com esse cenário, a taxa anual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) poderá alcançar 3% ou mais no segundo semestre.

Por isso, Robson Andrade destaca que não há tempo a perder. “As tarefas são urgentes. É hora de avançarmos mais decididamente na total remoção dos obstáculos ao crescimento, com o enfrentamento de questões antigas, como as graves distorções do atual sistema previdenciário, que está à beira da inviabilidade financeira, e a complexidade do sistema tributário”, diz o presidente da CNI.

Essas e outras medidas prioritárias para o Brasil voltar a crescer estão na Agenda dos 100 Dias – Brasil 2019, que a CNI apresentou à equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro. As sugestões foram selecionadas nos 42 documentos que a CNI apresentou aos candidatos à Presidência da República, em julho deste ano. “Há uma expectativa muito grande que o governo Bolsonaro fará  a reforma da Previdência”, afirma Robson Andrade. “Se o governo não conseguir reformar a Previdência terá de apontar outros caminhos para reduzir o déficit público”, completa.

DESEMPREGO E INFLAÇÃO – Outras previsões da indústria para o próximo ano indicam que a taxa de desemprego cairá para 11,4%, a inflação ficará em 4,1%, a taxa nominal de juros básicos da economia alcançará 7,50% ao ano no fim de 2019 e a cotação média do dólar será de R$ 3,78.  A balança comercial fechará 2019 com um saldo positivo de US$ 45 bilhões. A dívida pública continuará subindo e alcançará 79,5% do PIB.

Mas há riscos, sobretudo internos, à concretização do cenário virtuoso previsto pela indústria. De acordo com o Informe Conjuntural, se o país optar por reformas limitadas ou incompletas, a confiança dos empresários e consumidores diminuirá, o que conduzirá o país à estagnação da economia, como ocorreu em 2017 e 2018. O pior, no entanto, é o adiamento ou a opção por não fazer as reformas.

“Essa situação poderá ter um afeito devastador na confiança dos agentes, causando rápida deterioração dos indicadores de risco-país, ativos financeiros e taxa de câmbio, com reflexos na taxa de juros doméstica. Nesta situação, seria possível até mesmo o retorno do quadro de recessão que marcou o meio da década atual”, adverte a CNI.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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