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09 de Setembro de 2022

EAJ conquista Prêmio Maker na Olimpíada Brasileira de Robótica

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Os estudantes do curso técnico em Informática da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) conquistaram o Prêmio Maker na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) na modalidade prática presencial. A equipe Lamarr, formada por Caio Henrique Jardelino Lima (2° ano), Matheus Ramos Ferreira da Silva (2° ano), Thiago Rayzing França de Farias (2° ano) e Vanzhayon Sousa dos Santos (1° ano), ganhou o prêmio na etapa estadual do Rio Grande do Norte da competição. 

Maker é a categoria que premia a equipe que se destaca por fazer a maior parte do robô de forma manual, não comprando kits prontos. A equipe Lamarr desenvolveu um robô autônomo com o intuito de seguir uma linha e desviar obstáculos, objetivos exigidos na modalidade. 

Segundo o estudante Vanzhayon, cada um dos integrantes da equipe já tinha vontade de fazer algo parecido, então, quando surgiu a oportunidade da OBR, formaram o grupo. Todo o robô começou com projetos em papéis, desenhos e plantas inspirados nos robôs anteriores da modalidade presencial da OBR. “Consequentemente, começamos um protótipo seguidor de linha, com sua base feita em policloreto de vinila (PVC) e alguns sensores infravermelhos. A partir daí, fizemos o segundo protótipo, com a base um pouco maior, utilizando os mesmos materiais. Só então fizemos a união entre os dois primeiros protótipos, fazendo nossa versão final, esta constituída de duas placas de PVC, sendo assim um ‘primeiro andar’, fixadas por parafusos e porcas travantes, utilizando também sensores infravermelhos e ultrassônicos, responsáveis por seguir a linha e ultrapassar obstáculos”, disse. 


Vanzhayon classifica o empreendedorismo da equipe como uma experiência nova e enriquecedora, que agregou bastante às suas vivências. Conta ainda que, durante o processo, o grupo enfrentou algumas dificuldades, como a falta de recursos e de tempo durante as aulas, mas também as férias, que começaram em um momento decisivo do desenvolvimento, só acabando dias antes da realização da competição, limitando os encontros e deixando-os sem acesso ao laboratório.

“Apesar de tudo, com bastante ajuda das adaptações técnicas – as gambiarras – e do empenho de toda a equipe, nosso robô, batizado de Joule-V3, foi capaz de nos representar com um bom aproveitamento nas provas, alcançando a 8° posição entre todas as equipes do nosso nível e, de quebra, ainda conquistar a premiação Maker, que é uma das premiações extra oferecidas a algumas equipes que, apesar de não estarem no pódio, destacaram-se de alguma forma”, complementa Vanzhayon. 

O robô Joule-V3 marca a estreia dos jovens na OBR. Caio Henrique disse ser muito gratificante poder ser reconhecido por algo que fez, dedicou-se e superou dificuldades. “Mesmo o desempenho não sendo o melhor, nossa equipe sempre se esforçou e fomos reconhecidos por isso. Caso não fôssemos premiados, a experiência adquirida e o aprendizado foram compensadores, mas claro que uma premiação sempre é gratificante”, diz o aluno. Para Matheus Ramos, ter recebido a medalha foi espetacular. “Sentir aquela sensação de subir no palanque para receber a premiação, que foi fruto de tanto esforço, realmente é muito inspirador e empolgante”, comemora. 

Os alunos contaram com o auxílio do professor Leonardo Teixeira, que alertou sobre a OBR. “O aprendizado do conteúdo necessário para a construção do robô a partir dos seus componentes (sensores, microcontrolador e atuadores) se deu com a disciplina de Eletrônica para Computação do curso técnico em Informática da EAJ que leciono. Entretanto, diversos pontos da construção, como design, desenvolvimento do chassi, posicionamento dos sensores e estratégias de programação são méritos dos alunos na sua totalidade. A OBR incentiva o fazer e pensar dos alunos de forma que eles possam exercer a sua criatividade e o estudo de técnicas para a solução dos problemas. O professor auxilia o processo”, comenta.

Leonardo diz ainda que a modalidade prática presencial é especial por ter a motivação de se construir um robô autônomo de verdade para cumprir os desafios da olimpíada. “E o Prêmio Maker mais ainda, pois é dado para a equipe que usou o menor número possível de kits/módulos comerciais prontos, sendo obrigados a exercer a criatividade em diversos pontos”, complementa.

Foto: EAJ/UFRN

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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