Novidades sobre comunicação, educação, empreendedorismo, tecnologia, inovação e muito mais.

19 de Maio de 2022

Dia Nacional de Combate à Cefaleia: no Brasil, cerca de 140 milhões de pessoas convivem com a dor

[0] Comentários | Deixe seu comentário.

Quem nunca se queixou de uma insistente dor de cabeça que atire o primeiro analgésico. Segundo uma revisão de 357 estudos, publicada em abril de 2022 no Journal of Headache and Pain, 52% das pessoas sentem dor de cabeça ao menos uma vez no ano. Apesar de ser uma reclamação comum, a dor de cabeça é a sétima doença mais incapacitante do mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe). Só no Brasil, cerca de 140 milhões de pessoas convivem com ela, e, dessas, 30 milhões sofrem de enxaqueca.

Mesmo que tenha pouca intensidade, o sofrimento com a dor não pode ser negligenciado. É isto que alerta a Sociedade Brasileira de Cefaleia neste dia 19 de maio, considerado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia. “A ‘saúde’ é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença, segundo a Organização Mundial de Saúde. Então, se há uma dor que compromete a rotina e qualidade de vida da pessoa, é um problema que deve ser investigado”, relata Karoline Mirapalheta, coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio.

A enfermeira explica que existem diferentes tipos de cefaleias, e a famosa enxaqueca, uma das mais severas, é uma delas. A cada dia, quase 16% das pessoas em todo o mundo têm dor de cabeça e quase metade delas (7%) tem enxaqueca, de acordo com os estudos publicados. “O diagnóstico dependerá de uma consulta e entrevista com o paciente, que explicará a frequência, intensidade e forma como se apresenta a dor. Somente após isso pode ser prescrito um tratamento seguro e adequado, evitando a automedicação”, explica.

Podem ser diversas as causas das dores: má alimentação, jejum prolongado, estresse, enfermidades podem gerar a cefaleia. Porém, uma das principais causas é a má postura corporal que provoca a cefaleia do tipo tensional. “A fraqueza muscular, associada à sobrecarga de uma mesma posição, é responsável pela formação de pontos de tensão, gerando aumento da tensão da musculatura e dor irradiada, inclusive na cabeça”, detalha Rodrigo Marcel, professor de Fisioterapia da Estácio.

Além dos tratamentos medicamentosos, uma readequação alimentar pode auxiliar no combate à doença. “Mudanças na alimentação ajudam a prevenir a dor de cabeça, como também, a depender do diagnóstico, auxiliar no tratamento”, relata Helry Costa, professora do curso de Nutrição da Estácio. Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cefaleia, a restrição dietética é exclusiva e personalizada conforme o histórico comprovado da associação da cefaleia com esses alimentos desencadeantes.

Automedicação

Pelas dores serem recorrentes, boa parte dos brasileiros buscam resolver o problema sem passar por uma consulta. Uma pesquisa divulgada pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) constatou que 81% da população brasileira se automedica em casos de cefaleia. “A automedicação é um grande risco, pois a utilização de analgésicos por mais de dez dias ao mês, por mais de três meses, pode acarretar desenvolvimento de um vício e ainda provocar mais crises”, alerta a profissional de enfermagem, Karoline Mirapalheta.

Vale ressaltar que a busca por um profissional de saúde é sempre a melhor opção para resolução da dor de cabeça. Além do parecer médico para tratamento, Karoline aconselha a adoção de novos hábitos saudáveis como horários regulares de sono e de alimentação, controle do estresse e atividade física constante.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

+ Leia mais

Categorias