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08 de Março de 2024

Dia da Mulher estimula debate sobre desafios enfrentados por mulheres em cargos de liderança

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Conquistar um patamar de igualdade para as mulheres no mercado de trabalho é uma pauta levantada pelo movimento feminista desde o século XIX. Mas apesar dos muitos anos com evolução na luta, elas ainda são minoria nos cargos de liderança e por isso enfrentam desafios diversos no cotidiano empresarial. De acordo com o estudo Women in the Workplace 2022 da companhia americana McKinsey & Company, apenas um em cada quatro líderes de cargos executivos como diretoria executiva, de finanças ou de tecnologia era mulher, sendo uma em cada 20 uma mulher negra. 

Neste cenário, a especialista em Gestão de Recursos Humanos e gerente acadêmica da Estácio, Gabriella Saldanha, analisa que o destaque dado à diversidade dentro das organizações possibilita às mulheres serem mais vistas do que no passado, porém, ainda temos muito o que percorrer para alcançar uma equidade de gênero. 

“Por muitas vezes, deixamos de ser ouvidas e perdemos o nosso lugar de fala pelo fato de sermos mulheres, pois o machismo está estruturado na sociedade, mesmo tendo tido um discreto avanço nesse quesito. Então, precisamos mudar o mindset de que a mulher pertence a um lugar limitado, que não deve acessar os cargos de liderança, na maioria das vezes por suas características de personalidade como leveza e doçura. A mulher não é o sexo frágil por isso, inclusive para chegar lá precisamos mostrar a nossa capacidade muito mais do que os homens”, opina.  

Segundo a especialista, as habilidades de comunicação, negociação, relacionamento interpessoal, inteligência emocional, inovação e capacidade analítica são fundamentais para quem almeja atuar em cargos de liderança, seja homem ou mulher. Mas para o público feminino, é preciso sempre reafirmar a autoridade.

Ao ocupar um cargo de liderança na Estácio, Gabriella relata que enfrentou seu maior desafio ao assumir a coordenação do curso de Gestão de Recursos Humanos. “Eu já havia passado por diversas áreas, e muitos docentes do time que eu iria liderar tinham sido meus professores na época da graduação ou eu havia contratado enquanto líder de Gente e Gestão, o que poderia impactar no modo como eles me veriam enquanto líder”. Apesar disso, o ambiente corporativo acolhedor foi crucial para que hoje, ela tenha alçado o posto de gerente acadêmica, sendo responsável por um time de 50 docentes e centenas de alunos.

“Se observamos hoje, na Estácio de Natal, 75% dos cargos de alta liderança são ocupados por mulheres, e nos cargos de média liderança, 65% são ocupados pelo público feminino. Isso faz a diferença para que mais mulheres vejam que é possível e almejem isso para suas carreiras também”, observa a gestora.

Dentre as políticas empresariais que visam eliminar a disparidade entre o número de homens e mulheres nos cargos de liderança, Gabriella cita a implementação de práticas de promoção com base em suas habilidades, experiência e qualificações dos profissionais envolvidos na seleção; com incentivo à participação equitativa de mulheres em programas de mentoria e desenvolvimento de liderança. Além disso, estabelecer metas para aumentar a representação de mulheres em cargos de liderança e ações afirmativas para apoiar a progressão na carreira das mulheres pode ser benéfico para a criação de um ambiente corporativo mais igualitário. 

“Mulheres podem liderar com a mesma competência que os homens, e mesmo com todas as suas tarefas fora do ambiente de trabalho, ela pode e consegue atuar no mercado de trabalho igual a qualquer um. Precisamos mostrar que o que mais vale é a competência, e não seu gênero”, conclui.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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