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16 de Setembro de 2022

Déficit comercial do RN cresce com redução das exportações e aumento das importações

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O saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte encerrou o oitavo mês do ano com um déficit de US$ 51,4 milhões. O período de entressafra do melão, associado à redução dos envios de petróleo para refino no mercado internacional, impactou fortemente a balança comercial do estado em agosto. As exportações registraram uma queda de 83%, de um mês para outro, fechando agosto com um volume negociado de US$ 14,7 milhões. Já as importações subiram 263,2% no período e alcançaram um montante de US$ 66,1 milhões. Isso reduziu o superávit comercial e deixou a balança deficitária no mês. Ainda assim, as exportações potiguares acumulam nos oito primeiros meses de 2022 uma alta de 124% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Os dados estão na edição deste mês do Boletim Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, referentes a agosto de 2022. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

As exportações de melão no mês não ultrapassaram US$ 162 mil e, sem os dois itens principais que normalmente alavancam as exportações do estado, os produtos mais exportados pelo estado em agosto foram aqueles de origem animal impróprios para consumo humano, cujos envios para os Estados Unidos geraram um volume de US$ 1,31 milhão, seguidos dos tecidos de algodão (US$ 1,1 milhão). Fígados, ovas e gônadas congelados ficaram na terceira posição do ranking com um total de US$ 1,09 milhão. Já as exportações de granito movimentaram US$ 1,03 milhão.


No que se refere às importações, o aumento foi provocado principalmente pelas aquisições de painéis e células fotovoltaicos da China. Esses equipamentos somaram um total de US$ 16,00 milhões. Os motores e geradores elétricos foram as segundas mercadorias mais importadas – também da China-, com um valor de US$ 15,21 milhões, seguidos do trigo e as misturas com centeio, importados do Uruguai e Estados Unidos, que resultaram em um volume de US$ 13,9 milhões. As importações de coques de petróleo não calcinado atingiram o patamar de US$ 7,7 milhões.

De acordo com o boletim do Sebrae-RN, entre janeiro e agosto deste ano, o Rio Grande do Norte acumula um volume de exportações da ordem de US$ 509,6 milhões, o que representa um crescimento de 124% no comparativo com o acumulado nos oito primeiros meses do ano passado, quando os valores exportados chegaram a US$ 227,5 milhões. O aumento também é verificado nas importações acumuladas nesse período com alta de 35,6%, subindo de US$ 201,8 em 2021 para US$ 273,7 milhões neste ano. O saldo acumulado da balança comercial potiguar registra um superávit de US$ 235,9 milhões em 2022.


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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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