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Conceito máximo no Índice de Qualidade de Cursos, UFRN é exemplo no Enade

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Ana Paula Nóbrega – Agecom/UFRN

GESTÃO 2023 -2027 – Vista como uma porta de entrada para os caminhos ao longo da vida, a sonhada graduação é uma oportunidade de aprendizado para os alunos, e esse momento contribui não só para a formação profissional, mas também pessoal dos discentes. Uma das formas de observar a atuação dos discentes é pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é um exemplo, pois apresenta uma grande parcela de cursos com conceitos 4 e 5 no Exame. Tal resultado foi comprovado recentemente com o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), em que a UFRN ocupa posição de destaque entre as Instituições superiores do país. 

Com a oferta de 117 cursos de graduação, sendo 107 presenciais e dez na modalidade de Ensino à Distância (EaD), a UFRN, atualmente, é composta de 56.569 universitários. Na Instituição, um dos indicadores que favoreceram alcançar o ICG 5, o máximo, foi o Enade. No último triênio (2019, 2021 e 2022), 56 cursos da Universidade atingiram conceitos 4 e 5 no Exame, que são considerados de excelência. De acordo com o procurador educacional institucional da UFRN, Fabiano Gomes, a conquista do Índice Geral de Cursos é referente aos dados do ano de 2022, quando foram elevadas as notas de graduação e pós-graduação, contribuindo para que subisse o IGC.

Ao longo dos últimos três anos, já é possível evidenciar um avanço na porcentagem de graduações com esses índices no Enade. Em 2019, a Universidade tinha 58% dos cursos com conceitos 4 e 5, atualmente houve uma ascensão para 67,9%. Para chegar a esses resultados, o cálculo contabiliza a quantidade de graduação com conceito 4 ou 5 no Enade e divide pelo total de cursos participantes no triênio. Até o ano de 2026, a expectativa é alcançar 75% dos cursos da Instituição com conceitos de excelência.

Quando se trata de atuar frente à melhoria dos cursos, a Pró-reitoria de Graduação (Prograd/UFRN) apresenta um papel fundamental por realizar orientações e acompanhamentos durante o processo de preparação dos alunos, o que é essencial para a melhoria dos conceitos. Outra estratégia utilizada e que contribui com os resultados é a análise de um panorama geral dos cursos, além de estudo de dados que demonstram o desempenho das graduações em outras edições do Enade. As análises são repassadas para os cursos com o objetivo de que sejam demonstradas suas potencialidades, mas também suas fragilidades.

Segundo a pró-reitora de graduação, Elda Melo, para este ano de 2024 haverá a continuidade na interlocução com os cursos e na motivação dos estudantes. “Pretendemos contribuir por meio de campanhas de sensibilização e de engajamento, além de ações de formação contínua, a fim de potencializar a prática pedagógica dos docentes”, acrescenta. Essas iniciativas têm por finalidade melhorar ou manter o conceito elevado para que, posteriormente, seja proporcionada uma formação de excelência aos universitários. 

Egressa do curso de Serviço Social, Camila Machado realizou o Enade no ano de 2022 e ressalta os ensinamentos aprendidos em sala de aula e nos estágios para garantir um bom desempenho na prova. “É de grande importância para termos uma ideia de como os estudantes e a Universidade estão preparando os futuros profissionais”, acrescenta. Já para Rafael Montenegro, egresso do curso de Ciências Econômicas e que fez o Exame no mesmo ano de 2022, obter um bom resultado não é apenas mérito seu, mas “um reflexo da formação oferecida pelos docentes, pela estrutura do curso e pela Instituição”, aponta.

Veja mais em reportagem da TVU-RN

Avanço significativo

Um laboratório de informática para proporcionar uma imersão de alunos em disciplinas que exigem o uso de softwares, além da entrada de um corpo docente mais qualificado. Esses são alguns dos fatores contribuintes para que o curso de Ciências Econômicas avançasse significativamente dos conceitos 2 para o 4 no triênio durante a avaliação do Enade. Vinculado ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), a graduação busca formar profissionais que compreendam as questões científicas, técnicas, sociais e políticas relacionadas à economia, levando em consideração a sua atuação profissional e cidadã na sociedade. 

Com o surgimento do laboratório em 2018, os estudantes conseguem avançar em disciplinas que utilizam recursos para ciência de dados, além de desenvolver habilidade de manipular base de estatísticas socioeconômicas. Egresso do curso de Ciências Econômicas da UFRN e atual coordenador do curso, o professor Thales Augusto Medeiros ressalta a evolução desta graduação nos últimos anos. “Algumas áreas que tinham déficits no passado, atualmente, com o preparo de novos docentes, foi permitido avançar em uma construção de um curso mais sólido”, destaca. A partir dessas melhorias, foi observada a atração de muitos alunos por temas da economia. 

Reportagem foi destaque na Rádio Universitária (FM 88,9)

Extensão e sociedade

Participação em projetos de pesquisas no âmbito da UFRN, incentivo a atividades de extensão como competições de programação. Esses são apenas alguns exemplos que contribuíram para que o curso de Ciência da Computação se mantivesse no conceito 5 no Enade na última avaliação.  Vinculado ao Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET/UFRN), o curso é coordenado pelo professor Carlos Prolo, e busca garantir aos estudantes uma formação teórica e prática em computação ou informática. 

Quando se fala das melhorias que o curso de Ciência da Computação obteve nos últimos anos, um fator contribuinte é o projeto de extensão Conexão Ensino Básico e Universidade na área de Ciências Exatas. De acordo com o docente, a iniciativa objetiva auxiliar a partir de uma formação complementar nos campos das Ciências Exatas para estudantes do Ensino Básico. Perto de finalizar a graduação em Ciência da Computação, o estudante João Mendes ressalta a importância do curso para sua uma formação. “Pude desenvolver desde uma base sólida até a compreensão de tecnologias aplicadas nas resoluções de problemas do mundo real”, aponta.

Plano de Gestão 2023 – 2027

Promover a excelência acadêmica é um dos objetivos estratégicos do Plano de Gestão 2023 – 2027 da UFRN. O avanço na qualidade dos cursos atende ao indicador 2: Taxa de cursos com conceitos 4 e 5 no ENADE. O documento de gestão prevê um crescimento de 7,5 pontos percentuais deste índice, passando de 65,5% em 2023 para 75% em 2027.

O Plano de Gestão estabelece as diretrizes  para a gestão da UFRN no período de 2023 a 2027. De acordo com o reitor José Daniel Diniz Melo, as diretrizes para esse novo período reforçarão o compromisso institucional de avançar na qualidade acadêmica, na inclusão e  na inovação. “. Em busca do fortalecimento contínuo do valor público  da Instituição, o Plano foi estruturado com um Mapa Estratégico,  que agrupa os desafios institucionais em três perspectivas inter-relacionadas – Sociedade, Desenvolvimento Acadêmico e Desenvolvimento Institucional –, compostas de objetivos estratégicos, mensurados por indicadores e metas.”, completa.

Ainda segundo o Reitor, as ações da gestão continuarão balizadas pelas lições dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados em 2015, por ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. “Esses objetivos reafirmam, a cada dia, o compromisso com uma gestão pautada pela ética, pelos valores democráticos, pelo respeito à diversidade e pela defesa da  pluralidade de ideias e da formação cidadã”, completa.