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01 de Abril de 2019

Complexo Iguales realiza exposição de Thomé Filgueira com recorte de décadas

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A galeria de arte do Complexo Iguales, está propondo uma leitura diferente de sua mais nova exposição, ‘Entre Usinas e Rios’, do potiguar Thomé Filgueira. Com vernissage marcada para o próximo 3 de abril, às 19h, a mostra apresenta 18 telas do artista dividas em um recorte temporal por décadas: anos 1970, 1980 e 1990.

Cada década, um jeito diferente de viver a arte. São notórias as mudanças nas pinceladas, nas técnicas e nos tons usados por Thomé, que teve refletidas nas telas as diferentes fases de sua vida. Das descobertas da paternidade à sobriedade da segurança artística, passando pelos conflitos do divórcio do primeiro casamento. Tudo isso foi registrado ainda que implicitamente nas paisagens naturais bucólicas, nos engenhos, nas igrejas e no cais do porto de Natal, principais inspirações de Thomé.

“Thomé tinha uma relação muito íntima e complexa com a arte. Nossa proposta é fazer com que as pessoas entendam o que existia por trás daquelas pinceladas, feitas com mais ou menos contrastes em cada uma de suas fases”, explicou o curador da exposição, o jornalista e empresário Cristiano Félix. 

Membro da segunda geração dos modernistas potiguares, ao lado de figuras como Newton Navarro e Dorian Gray, Thomé conseguiu criar uma linguagem própria dentro das artes visuais do estado. Por ter morado nos Estados Unidos, no final dos anos de 1950, criou bastante intimidade com a arte americana, sobretudo com o realismo e o expressionismo abstrato. Mas sua referência maior foi o impressionismo francês, o qual levou a outra dimensão, adaptando-o às paisagens locais.

Thomé começou a ganhar destaque como artista ainda no final dos anos 1950, quando foi premiado pela Aliança Francesa. Dali em diante, manteve uma relação firme com a arte, até retirar a própria vida, em 2008. Participou de dezenas de exposições. Os primeiros registros são em Natal já em 1957.  Entre várias mostras, destacam-se na Califórnia, em 1964; em São Paulo, em 1974, na Bienal Internacional de Arte, considerada a maior exposição do Hemisfério Sul; em 1987, na Academia Brasileira de Letras, no Rio Janeiro; e em 1991, numa homenagem a Zila Mamede, em Natal.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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