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19 de Março de 2020

Com protótipo em 3D, bióloga explica como novo Coronavírus age no corpo humano

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Antes do dia 31 de dezembro de 2019, provavelmente, muita gente nunca tinha ouvido falar sobre o Coronavírus. Esse agente infeccioso foi isolado pela primeira vez em 1937 e a maioria das pessoas se infecta com tipos comuns do vírus ao longo da vida. Porém, uma nova variação começou a aparecer na China. Entender o que é esse novo Coronavírus e como ele age é uma forma de incentivar as pessoas a se protegerem da doença respiratória causada por ele, a Covid-19.

A professora Juliana Ribeiro, bióloga da Escola Robô Ciência, explica que, assim como todos os outros vírus, o novo Coronavírus é um parasita intracelular obrigatório, ou seja, ele precisa infectar uma célula para desenvolver o seu metabolismo. Para facilitar a compreensão, um protótipo do agente infeccioso foi criado em uma impressora 3D. O processo durou cerca de 6 horas.



“O vírus tem uma camada lipídica, de gordura, e várias espículas, que são aglomerados de proteínas com lipídios, que vão servir para a aderência na célula, para causar a infecção. Isso ocorre quando o material genético do vírus entra na nossa célula. Assim, ele se desenvolve”, explica a professora.

Segundo Juliana Ribeiro, da mesma forma que o vírus da gripe, esse novo tipo de Coronavírus deve ter sofrido mutações genéticas, o que elevou o seu grau de infecção. “O vírus atinge, principalmente, pessoas que estão nos grupos de risco, que são os idosos que já tem outras comorbidades, como o diabetes e problemas cardíacos. Vinte por cento das pessoas que estão com essa infecção vão precisar de internação hospitalar e há um grande risco de sobrecarga no sistema de saúde. Por isso, é extremamente necessário fazer a prevenção”, alerta.

Estudos indicam que o novo Coronavírus pode resistir no ar entre 3 e 4 horas; no papel e no papelão, a resistência é de cerca de 24 horas; no plástico e em superfícies de aço inoxidável, pode durar até 3 dias. Logo, é fundamental adotar as medidas de proteção. A melhor forma de fazer isso é lavando bem as mãos com água e sabão. Outra maneira é o uso do álcool gel 70%.

“O álcool, que é polar, tem dois carbonos na sua estrutura molecular com a característica apolar. Esse envelopamento de lipídios que tem no vírus também é apolar. Quando esse carbono interage com esse envelopamento, ele começa a romper essa membrana. Essa camada vai soltando e vai fazendo isso com todo o vírus para dificultar a transmissão do código genético”, explicou o professor de física e diretor da Escola Robô Ciência, Alexandre Amaral.

Além de higienizar bem as mãos, é necessário também evitar o contato físico e aglomerações, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo, manter os ambientes bem ventilados e não compartilhar objetos pessoais.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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