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10 de Junho de 2019

Checagem de antecedentes: empresas se especializam em descobrir mentiras (ou exageros) em currículos

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Deu na BBC Brasil:

Atenção aos que têm a tentação de “incrementar” o currículo na hora de disputar um cargo em grandes empresas. Existe um segmento do mercado especializado em investigar o passado e a veracidade de informações em currículos de candidatos a vagas de emprego - é o "background check", em tradução livre, algo como "checagem de antecedentes".

Empresas dedicadas ao serviço se valem desde telefonemas à inteligência artificial para checar, por exemplo, se um possível funcionário realmente tem aquele diploma universitário ou comandou uma equipe do tamanho que diz no currículo. Normalmente, elas prestam o serviço para outras companhias, aquelas que estão recrutando.

No Brasil, empresários do setor falam em crescente demanda e oferta deste. A BBC Brasil divulgou declaração de Carlos Lopes, diretor de investigação e gestão de risco na Kroll, consultoria multinacional que também oferece o background check no Brasil. "Nos primórdios, nos EUA, o background check tinha como clientes grandes empresas com contratos com o governo, que precisavam se certificar de que as pessoas contratadas para cuidar de projetos estratégicos tinham boa reputação, de que não tinham envolvimento em casos criminais. Ao longo do tempo, essa checagem se ampliou e passou a envolver não só cargos executivos mas também gerentes e analistas", explica.

O mercado americano apresenta diferentes tipos de serviço, desde opções low cost (custo reduzido) de varredura online para cargos de salários mais baixos - nestes casos, a empresa contratada poderá fazer uma pesquisa virtual, mirando por exemplo posts ofensivos nas redes sociais do candidato e fazendo buscas no Google.

Para postos mais altos, a busca vai de contatos com universidades mencionadas nos currículos a uma análise do histórico financeiro do postulante. Algumas empresas oferecem até, como parte de um serviço premium, contatos telefônicos e pessoais com a polícia local, como delegados, com o objetivo de investigar o passado criminal e comportamental do candidato.

As informações falsas mais comuns nos currículos

O diretor na Kroll diz preferir falar mais em "exageros" do que "mentiras" - como candidatos que dizem ter diplomas de formações que na verdade só começaram ou que transformam cursos de curta duração em pós-graduação.

"Tem também aqueles que exageram nos cargos e responsabilidade que tiveram", conta Lopes, segundo o qual o serviço de background check da Kroll cresce 20% ao ano no Brasil desde 2013, em número de relatórios produzidos.

Dados quantitativos sobre o assunto também vêm dos EUA - uma pesquisa do site de recrutamento CareerBuilder de 2015, com cerca de 2.500 recrutadores e coordenadores de recursos humanos, mostrou que 56% deles já identificaram uma mentira em algum currículo. Segundo os entrevistados, as distorções mais comuns foram na apresentação de habilidades (62%), responsabilidades (54%), períodos de emprego (39%), títulos dos cargos (31%) e títulos acadêmicos (28%).

*Com informações da BBC Brasil. 

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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