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28 de Novembro de 2022

Caravana apresenta clone de cajueiro de alto rendimento adaptado às condições do RN

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Nos esforços para revitalizar o potencial da cajucultura e renovação dos pomares com maior produtividade, o Rio Grande do Norte conseguiu desenvolver uma variedade específica da planta de alto rendimento e inteiramente adaptada às condições edafoclimaticas potiguares, sobretudo as de regiões com altitudes mais elevadas. A variedade em questão é o clone do cajueiro-anão BRS 555, que vinha sendo pesquisado e desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroindústria Tropical na Serra de Santana, na região do Seridó. O diferencial está na capacidade de produção. A árvore chega a produzir mais de 3 mil quilos de castanha por hectare a partir do nono ano.

“Trata-se de um clone que a Emprapa está lançando e que foi desenvolvido especialmente no estado. O BRS 555 já vinha sendo pesquisado há muito tempo. Imagine o tempo que leva para manipular e adaptar o material genético de uma espécie”, deduz o gestor do projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho.

Para o gestor, os resultados têm sido satisfatórios, já a variedade apresentou alto podrr de produção. “É um desempenho muito bom e, devido â capacidade de produção, apresenta excelentes perspectivas para os cajucultores do estado”.


A variedade potiguar do cajueiro-anão está sendo apresentada aos produtores do estado durante a Frut & Tec Oeste – Caravana Caju 2022, uma série de eventos promovidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte em parceria com a Embrapa, Prefeitura de Apodi, Serra do Mel, Porto do Mangue, FAERN/SENAR, IFRN, BNB, EMATER, para transmissão de novos conhecimentos e inovação tecnológica voltadas para a cajucultura. A caravana começou no dia 23, em Apodi, passando por Porto do Mangue, e encerra nesta sexta-feira (25), em Serra do Mel.

Caravana Caju

A ação faz parte das estratégias do projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, que tem centrado na capacitação e difusão de tecnologia na fruticultura irrigada e diversificada para aumentar os níveis de produção e competitividade daqueles que produzem frutas. “A Caravana Caju é resultado dessa parceria com a Embrapa, prefeituras e outros parceiros para levar informações sobre produção, processamento e inovação tecnológica na área do caju. Ou seja, como gerar oportunidade e agregação de valor à produção”, explica Franco Marinho.


Mais de 500 pessoas estão participando da Frut&Tec Caravana do Caju 2022. Durante a caravana, estão sendo abordados temas como manejo dos pomares, aproveitamento integral do caju e panorama da cajucultura, além da apresentação do clone BRS 555 por parte da Embrapa Agroindústria Tropical, cujo chefe geral, Gustavo Saavedra, também está participando do ciclo de eventos. Em todas as cidades, a programação envolveu palestras pela manhã e atividades práticas no campo à tarde. No encerramento desta sexta-feira, em Serra do Mel, está prevista a realização de uma feira de negócios, que acontece dentro do Festival do Caju. A ideia é que a caravana envolva os municípios das regiões Seridó e do Mato Grande.

Perspectivas

O diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, tem participado dos eventos e comenta sobre a ação. “O evento, além de fazer uma avaliação sobre o que desenvolvemos, seus erros e acertos, conhecer novas tecnologias e soluções para as cadeia produtiva, nos permite (com os parceiros) planejar as próximas ações e iniciativas para a atividade econômica”, pondera o diretor.

Na avaliação de João Hélio, a cajucultura potiguar vive um novo momento. “Após a longa estiagem e os efeitos provocados pela mesma, ocasionando a morte de milhares e cajueiros, a infestação de pragas, perda de qualidade e indisponibilidade de produtos para atender contratos firmados com fornecedores, estamos conseguindo superar essas dificuldades, buscando e aplicando novas tecnologias sociais, melhoramento genético e Assistência Técnica continuada. Com a vontade da mudança e determinação dos produtores, a Embrapa, Prefeituras, Emater e outros parceiros, iniciamos um novo momento na cajucultura potiguar”.

O diretor também adiantou que os investimentos e metas para 2023 seguem no fortalecimento e disseminação e uso de tecnologias sociais, substituição de cajueiros improdutivos, controle de pragas, obtenção do selo de indicação geográfica, fortalecimento do associativismo/cooperativismo, acesso a novos mercados e crédito, além da ampliação do número de produtores a serem beneficiados no estado.

Fotos: Moraes Neto

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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