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24 de Outubro de 2023

Câncer de mama: novas diretrizes ampliam faixa etária para mamografia

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Segundo dados divulgados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, em parceria com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Mastologia, a faixa etária de rastreamento do câncer de mama está mais extensa. Agora, o público feminino deve procurar fazer a mamografia a partir dos 40 e até 74 anos ou mais. 

"Observamos que está havendo uma tendência à expansão na idade de rastreamento e, mais do que nunca, a informação é fundamental para prevenção, diagnóstico precoce e aumento da expectativa de vida. Cabe às instituições de Saúde e Educacionais promoverem e intensificarem medidas educativas, ações de incentivo ao autocuidado e estimularem uma mentalidade preventiva na população", explica a médica ginecologista e professora do IDOMED, Mariana A. F. Arouca

De acordo com estudos, a profissional relata que uma célula mamária alterada pode levar cerca de 7 a 10 anos para se manifestar na forma de câncer detectável. Em contrapartida, com uma maior difusão da informação, avanços científicos, técnicas de diagnóstico e tratamento precoces de doenças, observamos cada vez mais um aumento da expectativa de vida da população feminina: em levantamento do IBGE em 2022, a expectativa de vida atingiu 80,67 anos em mulheres brasileiras, o que faz com que os cuidados devam ser mantidos por mais tempo.

A mamografia ainda é o principal meio de detecção, que pode ser incrementada por novas técnicas digitais de imagem, incidências especiais e técnicas compressivas dependendo do caso. Mulheres com próteses mamárias, dentro da faixa etária de rastreamento, também devem realizar o exame. 

Já os casos específicos, relacionados a doenças genéticas, são um grande desafio para a definição de rastreamento e intervenções precoces. "Pacientes com forte história familiar de câncer de mama ou já diagnosticadas como portadoras de mutações genéticas devem ser monitorizadas em idades mais precoces, tanto com mamografia anual, a partir de 30-35 anos, como ressonância magnética das mamas, a partir de 20-30 anos, e ultrassonografia complementar, a depender do caso", orienta Mariana. 

Boas práticas de saúde, alimentação saudável, controle de peso, realização de atividade física regular e evitar hábitos nocivos, como álcool e tabaco, ainda são os pilares da prevenção de qualquer doença, seja ela metabólica ou neoplásica. 

"Mesmo que ainda tenhamos divergências entre as recomendações dos protocolos de rastreamento do câncer de mama, entre Ministério de Saúde/INCA e as sociedades médicas, deve ser garantido o acesso ao atendimento de rotina ginecológica e a realização dos exames, dentro dos recursos disponibilizados e ofertados à população", finaliza.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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