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16 de Janeiro de 2023

Balança comercial do RN bate recorde e tem superávit de US$ 301,2 milhões em 2022

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O envio de mercadorias do Rio Grande do Norte para o mercado internacional no ano passado bateu recorde em termos de volume negociado. As exportações potiguares chegaram a US$ 736,8 milhões, o melhor resultado dos últimos cinco anos, quando inicia a série histórica. Ao todo, foram comercializadas mais de três bilhões de toneladas de produtos no exterior. Esse volume representa um crescimento de 43,1% em relação a 2021, alta puxada principalmente pelas remessas de óleo combustível de petróleo – o fuel oil – que responderam por quase 45% do valor total das exportações no ano.

Já as importações do estado tiveram elevação ainda maior no comparativo com o ano anterior e apresentaram um aumento de 30,5%, com um volume de US$ 435,6 milhões. Quando as importações superam as exportações, o saldo da balança fica déficitário, o que não ocorreu no ano passado. Com isso, a corrente de comércio do Rio Grande do Norte alcançou US$ 1,2 bilhão em 2022 e a balança comercial potiguar acabou registrando nos últimos 12 meses um superávit de US$ 301,2 milhões, o maior desde 2018. Resultado que excede em 166,3% o de 2021.

Os dados do comércio exterior estão é u edição deste mês do Boletim Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, referentes ao período entre janeiro e dezembro de 2022. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

Exportações recordes

O desempenho recorde das exportações potiguares em 2022 está diretamente ligado às operações de envio do fuel oil para Singapura até outubro, tornado o item o principal produto da pauta de exportação do Estado.

No total, foram exportadas mais de 403,5 milhões de toneladas do combustível, o correspondente a um volume de US$ 330,1 milhões.


Os melões frescos ficam na segunda posição do ranking, com cerca de 150 milhões de toneladas da fruta enviadas para o exterior e uma negociação da ordem de US$ 97,6 milhões. As melancias foram o terceiro item da pauta, com um total de US$ 44 milhões. Volume semelhante ao do sal marinho, cujas transações comerciais chegaram a US$ 43,2 milhões. Já o açúcar registrou US$ 25,9 milhões pela remessa de 49,5 milhões de toneladas do produto. Singapura, Estados Unidos, Países Baixos e o Reino Unido foram os principais destinos das mercadorias potiguares ao longo do ano passado.

Em relação às importações, o volume total passou de US$ 333,7 milhões para US$ 435,6 milhões de um ano para o outro. Ou seja, cresceu 30,5% em 12 meses. No período, o estado importou 248,4 milhões de toneladas de trigo e misturas com centeio, que atingiram um total de US$ 89,2 milhões. Em seguida, a indústria de energia elétrica foi a que mais demandou insumos do mercado internacional. Os painéis fotovoltaicos usados como base para geração de energia solar ficaram entre os itens mais importados em 2022, somando US$ 71,8 milhões em aquisições desses equipamentos.

Setor energético

Também direcionados para o setor, os aerogeradores figuraram na pauta de importação potiguar com operações de compra da ordem de US$ 40,5 milhões. Demais componentes voltamos para as duas áreas de energia renovável eólica e solar, como as células fotovoltaicas (US$ 31,2 milhões) e os eletrogêneos (US$ 38,9 milhões), entraram na relação dos produtos mais importados pelo RN. Praticamente, tdos esses componentes foram oriundos da China, o que posicionou o país asiático como principal parceiro comercial do estado nas importações de 2022, seguido de Argentina e dos Estados Unidos.

O informativo do Sebrae traz ainda o resultado da balança comercial em dezembro, destacando um aumento de 67,1%% nas exportações do mês, com um total de US$ 62,4 milhões e baixa nas importações, que fecharam o mês com um volume de US$ 41,4 milhões no comparativo com dezembro do ano anterior. No mês, o saldo da balança ficou US$ 21 milhões.

Foto: Túlio Vidal/ASN

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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