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17 de Junho de 2024

[ARTIGO] “Emprego e renda por um RN mais justo e próspero”, por Roberto Serquiz

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Roberto Serquiz*

Compreendo a necessidade das ações governamentais de assistência social, dos programas de renda mínima e do cuidado com os mais vulneráveis. Hoje, por exemplo, é uma dura realidade o número cada vez maior de moradores de rua. Algo muito grave que exige, de fato, a atuação do ente estatal e a presença da política pública da assistência social.

Mas, também devemos pensar sobre as “portas de saída”. Não é uma situação confortável saber que, segundo dados de 2023, 39,01% da população norte rio-grandense está inscrita no programa Bolsa Família. É um indicador de pobreza que deveria motivar nossa reação a favor das pessoas e da economia. Aliás, para esclarecer: “para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$218 por mês”, segundo o sítio eletrônico do Governo Federal. E mais: mesmo com uma renda formal na família, caso a renda per capita seja inferior a R$218,00, a inscrição ao programa será processada.

Acredito que em relação a necessidade do programa, a grande maioria concorda. Em relação a ser um indicador preocupante, também espero que sim! Existem no Rio Grande do Norte, pelo menos, 07 cidades que o Programa Bolsa Família alcança, aproximadamente, 70% da população. Dentre estas, duas cidades superam o incrível percentual de 80%. É muito significativo o número de cidades potiguares onde o percentual de inscritos no Bolsa Família supera o número de não inscritos no âmbito da população local.

Enfim, ainda em relação a 2023, 1.288.862 dos potiguares são beneficiados com o Bolsa Família.

Direto ao ponto: não seria, sem prejuízo da continuidade do programa Bolsa Família, diante de tantos expressivos números, pensarmos em alternativas de efetivo combate à pobreza por meio do estímulo a geração de emprego e outras tentativas de obtenção de renda através do empreendedorismo?

Na última campanha presidencial me chamou atenção o fato de que o debate, por alguns momentos, se prendeu a saber quem ofertaria – caso eleito –  maior valor para o programa Bolsa Família. Gostaria de ter ouvido mensagens de apoio ao programa, mas também de estímulo às “portas de saída” que, a mim parece, inclui o decisivo estímulo ao empreendedorismo, a livre iniciativa e a produção que gera riquezas e distribui dividendos sociais.

O debate social precisa ir além da quantia do benefício. Investir no futuro significa investir na capacidade das pessoas de se sustentarem e construírem suas próprias vidas. O Bolsa Família é um trampolim, não um destino. É preciso darmos o próximo passo por um RN mais próspero e justo para todos.

*Roberto Serquiz, industrial, Presidente do Sistema FIERN

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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