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04 de Outubro de 2021

Após perder a mãe para o câncer de mama, potiguar cria projeto para recuperar autoestima de mulheres vítimas da doença

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Todos os anos, este mês é conhecido como o ‘Outubro Rosa’, período em que são reforçadas as ações de conscientização e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Hoje trazemos uma matéria sobre o impacto que o câncer de mama teve na vida da potiguar Aline Costa, que perdeu a mãe para a doença, mas utilizou esse trauma para fazer a diferença na vida de diversas mulheres com a micropigmentação de aréolas.

A técnica permite fazer uma pigmentação nessa área, valorizando os seios. O pigmento é implantado na camada superficial da pele e devido ao peso molecular adequado, não atinge camadas mais profundas como acontece com uma tatuagem. O trabalho de micropigmentação da aréola enfoca as características naturais da área, principalmente em caso de mastectomia ou acidente, permitindo assim novos desenhos da aréola.

Há 21 anos, Dona Ludeni, mãe de Aline Costa, foi diagnosticada com câncer de mama e, na época, teve que fazer a remoção total de uma de suas mamas, a chamada mastectomia. Foram 12 anos de tratamento, onde ela não se reconhecia completamente, pela falta de um detalhe tão importante para a feminilidade, que é a mama. Dona Ludeni faleceu por causa da doença em 2012.

Aline, quando começou a trabalhar com a micropigmentação, colocou o curso de reconstrução aureolar como um foco total em sua vida, a fim de devolver a autoestima de mulheres que viveram o mesmo que sua mãe, de forma totalmente gratuita. Foi assim que surgiu o Projeto Reviver Mulher. “O objetivo é poder fazer por elas (mulheres), o que eu não pude fazer pela minha mãe, que foi vítima de câncer de mama e veio a falecer sem aréola”, afirmou.

“Essas mulheres vêm precisando de acolhimento e serem ouvidas. Entender essas dores é o principal, já que vivi isso em casa, com a pessoa que mais amei em toda minha vida! A principal missão nisso tudo é entregar cuidado e empatia para essas mulheres através de um serviço que irá devolver sua autoestima”, destacou Aline.

A profissional começou o projeto em 2018 e até hoje realizou cerca de 20  micropigmentações de aréolas. Quem quiser participar do projeto, basta procurar Aline pelo Instagram dela (https://www.instagram.com/alinecostamicropigmentacao/). 

Sou eternamente grata

Para mostrar a importância desse tipo de procedimento na vidas das mulheres, nada melhor do que conversar com uma que fez a micropigmentação da aréola.

A empreendedora natalense Fernanda Rafaela Hortência descobriu o primeiro câncer de mama bilateral aos 27 anos, ainda amamentando a filha de 1 ano 7 meses. “Fiz a mastectomia preventiva com preservação de bico e auréola. Depois de 7 anos  curada, aparece um cisto na mama esquerda, próximo do auréola,  bem sobre a pele. Dele eu suspeitei,  e pedi uma biopsia. E foi confirmado que o aquele cisto oleoso era um outro tipo de câncer de mama. 

No processo de tratamento, na mesa de cirurgia, foi percebido um aumento muito rápido do nódulo, e o cirurgião optou por não  preservar  a mama, e sim fazer a mastectomia radical. Tive que usar prótese de silicone por uns bons meses até fazer a cirurgia de reconstrução”, recorda.

Apesar de sempre estar bem consigo mesma em todos os aspectos e tendo feito a reconstrução do seio, Fernanda conta que viu na micropigmentação a oportunidade fazer algo a mais por ela. “Havia pensado em fazer uma tatuagem, mas como nada é por acaso, em pleno Outubro Rosa, uma amiga me indicou o projeto de Aline, resolvi aceitar o convite”.

O resultado, segundo Fernanda, não poderia ser melhor. “Estou muito satisfeita. A Aline me surpreendeu, me emocionou, ficou além das minhas expectativas. Projeto lindo que uniu perfeitamente, sou eternamente grata”.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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