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10 de Junho de 2019

Alto preço de equipamentos Apple faz indústria da tecnologia questionar se empresa perdeu conexão com a realidade

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A conferência anual da Apple para desenvolvedores, em que a empresa revela seus principais lançamentos, costuma ser marcada por aplausos. Mas de acordo com a imprensa especializada, a divulgação de preço de acessórios, na esteira dos altos valores do iPhone, estão gerando questionamentos até de especialistas em tecnologia.

A multidão presente na Worldwide Developers Conference (WWDC), na Califórnia, ficou em silêncio diante do custo de um simples suporte para monitor. O suporte Pro Stand será vendido a US$ 999 (cerca de R$ 3,8 mil). O suporte, que não vem incluído com o monitor, permite girá-lo da posição horizontal para vertical e movê-lo para cima e para baixo com facilidade

O acessório é necessário para quem quiser colocar a nova tela retina de 32 polegadas com resolução 6K sobre a mesa, uma vez que o Pro Display HDR, monitor que acompanha o desktop, foi projetado sem esse suporte. Especialistas em tecnologia questionam se o alto preço de um produto pouco tecnológico pode indicar que a Apple perdeu a conexão com a realidade.

Os valores de US$ 5.999 (R$ 23,1 mil) do computador em si, ou até mesmo os US$ 4.999 (R$ 19,2 mil) do monitor, não surpreenderam o público. Afinal de contas, são produtos de tecnologia de ponta destinados principalmente a profissionais da área de vídeo e design. Mas cobrar US$ 999 por um suporte, em vez de vendê-lo junto com o monitor, fez com que muitos achassem que a Apple estava sendo arrogante.

Como se a empresa desse como certo que seus fiéis seguidores pagariam qualquer preço por um produto com seu logotipo. É claro que a empresa já testou essa teoria com os últimos modelos de iPhone, que custam mais de US$ 1 mil (R$ 3,8 mil) - quase o preço de um laptop MacBook Air, a partir de US$ 1.199 (R$ 4,6 mil).

Ao longo dos anos, a Apple vendeu mais de um bilhão de unidades de iPhones. E por muito tempo estes dispositivos foram a galinha dos ovos de ouro da empresa. Mas se a companhia realmente quiser que os consumidores continuem achando o ecossistema da Apple atraente e gastem dinheiro em serviços para seus iPhones, iPads e MacBooks, talvez tenha de repensar seus preços.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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