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05 de Abril de 2022

Adeus às fraldas: psicóloga orienta pais para a melhor condução de uma das etapas mais esperadas do desenvolvimento dos bebês

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Uma das principais etapas que marca o desenvolvimento das crianças pequenas, o momento de deixar a fralda é um daqueles que exige o envolvimento da família, além de paciência, tranquilidade e muita naturalidade em torno do processo.  Aprender a fazer xixi e cocô de forma autônoma é, para a criança, a descoberta de uma nova rotina e realidade. Para auxiliar as famílias a se envolverem de forma tranquila e segura no processo do desfralde, a psicóloga e professora Sheila Brito, da Maple Bear Natal, tem realizado encontros em que o conhecimento técnico se soma ao bom humor e a dinâmicas com o objetivo de levar aos pais a confiança e segurança sobre o momento certo de tirar as fraldas dos pequenos. 
 
“O processo de desfralde exige algum sacrifício dos envolvidos – crianças e adultos. A criança precisará se adaptar a uma nova rotina e realidade e o adulto precisará dar espaço para que a criança cresça e se torne independente e autônoma”, explica Sheila. “O adulto será coadjuvante no processo”, afirma a psicóloga. “É preciso a compreensão de que o desfralde não é feito pela escola ou pela família. Não somos nós quem tiramos a fralda da criança. É ela quem deixa a fralda, com naturalidade”. 
 
Nos momentos de orientação aos pais, Sheila dá dicas e explica que o desfralde, mesmo sendo algo natural do desenvolvimento infantil – assim como é mamar, depois ter a introdução alimentar, aprender a sentar, engatinhar, andar e correr – é um processo psiconeurofisiológico, portanto, exige que a criança esteja madura do ponto de vista psicológico, neurológico e fisiológico. 
 
Alguns sinais do desenvolvimento podem indicar que a criança iniciou o processo em que o desfralde será uma consequência natural. Por exemplo, já pular com os dois pés, conseguir pular agachada, subir uma escada sem o uso do corrimão, entre outros indicadores de amadurecimento cognitivo. 
 
Nesse processo, é importante que o adulto observe os sinais de que a criança está pronta para o desfralde e dê o suporte emocional necessário, além da acolhida em seu processo da transição das fraldas para o vaso. “Não cabe nessa hora, por exemplo, transformar o momento de ir ao banheiro em um evento, uma festa. Da mesma forma, é preciso cuidado para não inserir distrações que tirem da criança a atenção ao principal objetivo da ação, como penicos musicais, celulares e tablets”, orienta. 
 
Outro ponto de atenção é a importância de evitar comparar a criança com outras, da mesma idade, que possam estar em uma etapa mais à frente ou mais atrás no desfralde. “Quase nunca a ‘demora’, na visão da família, é motivo de preocupação. Mas se os pais percebem que outros comportamentos além do desfralde chamam a atenção, como ansiedade excessiva, ou tristeza, pode ser o momento de procurar auxílio profissional”, explica Sheila. “Mas, em geral, é importante ter em mente que o processo acontecerá no tempo da criança”. 
 
No ambiente escolar, Sheila tem oferecido aos pais a possibilidade de esclarecerem dúvidas e dividirem eventuais preocupações relacionadas à hora de tirar as fraldas das crianças. Em palestra realizada recentemente na Maple Bear Natal, a psicóloga usou dinâmicas entre os pais para ajudar a tratar o assunto “fazer xixi e cocô” com a leveza necessária à orientação das crianças. “As dicas são complementares, mas o mais importante é trabalhar o contexto do desfralde para a criança e sua família”, finaliza.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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