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20 de Setembro de 2019

Ação alerta para uso correto das vagas preferenciais de estacionamento

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Quem chegou à Rua Leonel Leite, no bairro do Alecrim, na manhã dessa sexta-feira, ficou surpreso com o que viu. Em uma das principais ruas do bairro mais comercial da cidade, parte das vagas de estacionamento estava ocupada, logo cedo, por cadeiras de rodas, e placas com o aviso: “Um minutinho, volto já”.

“Essa é a desculpa que nós, que realmente temos direito à essas vagas, mais ouvimos por parte de quem as ocupa indevidamente. É um desrespeito constante, e a intenção dessa ação é fazer com que esses motoristas sintam na pele a indignação de ter uma vaga para estacionar o carro, mas não poder porque já está lá alguém que não deveria”, diz Tercio Tinoco, cadeirante e presidente da Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN), que teve a iniciativa da ação na capital potiguar.

A campanha “Essa vaga não é sua, nem por um minuto” já foi realizada em outras cidades brasileiras e do mundo, e aconteceu pela primeira vez em Natal exatamente na véspera do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, comemorado em 21 de setembro. “Essa é mais uma luta nossa, entre tantas que já travamos no dia a dia. Ninguém quer usar cadeiras de rodas, muletas, bengalas... Mas quer ocupar uma vaga que não lhe pertence. Essas vagas são nossas, e os motoristas precisam se conscientizar disso”, diz Jackson Alexandre, cadeirante e paratleta da natação.

A ação dessa sexta-feira teve apoio da Secretaria de Mobillidade Urbana da capital, e faz parte da programação da Semana Nacional do Trânsito. A Lei Brasileira de Inclusão prevê que 30% das vagas de estacionamentos, em estabelecimentos públicos e privados, sejam destinadas a idosos e pessoas com mobilidade reduzida, identificadas com o cartão de identificação fornecido pela STTU. A multa para quem usa essas vagas indevidamente é de R$ 293,47 e 7 pontos na carteira de habilitação.

“Esperamos que essa ação de hoje faça os motoristas refletirem. E adotarem uma postura, além de responsável, empática. As vagas especiais não foram criadas por acaso, é uma necessidade nossa. Falo em nome dos cadeirantes, idosos, grávidas, pessoas com baixa mobilidade. E todo mundo conhece uma pessoa dessa. Então da próxima vez que encontrar uma vaga especial ‘dando sopa’, se coloque no nosso lugar, dê mais uma voltinha e deixe o espaço para quem realmente precisa”, apela Tercio Tinoco.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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