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19 de Abril de 2022

Abril azul: conheça os sinais que podem indicar o autismo

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Determinado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 2007, o mês de abril é marcado pela campanha Abril Azul como uma maneira de promover a conscientização às pessoas sobre o autismo, como também dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Apesar dos 15 anos da campanha, ainda há pouca compreensão sobre os aspectos que envolvem o autismo e confusão do que pode ou não indicar a presença do transtorno.

O pedagogo Daniel Salustiano explica que existe um paradigma a respeito de alguns sinais e comportamentos que podem caracterizar o autismo. “Normalmente a pessoa com autismo tem dificuldade com os fatores de comunicação e socialização percebidos a partir do primeiro ano de vida, quando a criança apresenta comportamentos que não são esperados para aquela idade. Ao perceber a presença destes sinais é importante consultar um profissional especializado e, de preferência, começar a intervenção precoce. O diagnóstico final é somente dado pelo neurologista ou neurologista pediatra”, relata Salustiano, administrador do setor de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) da Clínica de Atendimento Personalizado em Terapias Avançadas - Cliap.

Alguns dos sinais mais comuns que se podem perceber é a hiperatividade, ou extrema passividade, ocasionalmente a criança opta por andar com a ponta dos pés e prefere ficar descalço, tem fixação por objetos específicos (chamado hiperfoco), resistência ao contato físico, dificuldade de lidar com alteração de rotina, não consegue manter o contato visual, brinca com brinquedos de forma incomum, prefere brincar sozinho, tem dificuldade de se concentrar, tem muito riso ou choro sem nenhum objetivo, muita resistência a ruídos e sons fortes.

Sobre as possíveis intervenções, Salustiano esclarece que existe a intervenção baseada no modelo Denver, utilizada até os cinco anos, e intervenção baseada em ABA. Nestas intervenções é possível “desenvolver comportamentos voltados para aquela dificuldade que o transtorno traz para a criança; sua dificuldade na verbalização, como também os transtornos de comunicação social e relacionamento com pessoas”, esclarece.

O profissional chama atenção ainda à necessidade de adotar outras terapias em conjunto conforme a demanda apresentada pela criança, como fonoaudiólogo, terapia ocupacional, psicologia, psicopedagogia, entre outras terapias que possam estar associadas com a intervenção ABA, ou Denver. “Se o tratamento contar apenas com a intervenção ABA ou Denver, nós percebemos que não terá ganhos tão significativos quanto teria com a associação de outras terapias em conjunto”, aponta Salustiano.

Independentemente da abordagem escolhida, Daniel Salustiano reforça que quanto antes iniciar o tratamento, melhores serão os resultados no desenvolvimento e na melhora da qualidade de vida da criança. “As crianças com autismo que iniciam o tratamento muito cedo apresentam um melhor desenvolvimento, com maiores chances de autonomia, além de se tornarem adultos incluídos na sociedade”, destaca.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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