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26 de Março de 2020

Professores da UFRN orientam como evitar compartilhamento de fake news

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Nos últimos dias, circulou nas redes sociais um áudio atribuído ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e ainda um imagem mostrando uma vacina para prevenir o coronavírus. Em um quadro social complexo como o da pandemia do Covid-19, a internet mais uma vez é terreno fértil – e perigoso – para surgimento e proliferação de notícias falsas sobre o vírus. Atentos a essa questão, professores da UFRN atuam e dão orientações para evitar as notícias falsas, ou fake news, que circulam principalmente em redes sociais. 

Para a professora Socorro Veloso, do Departamento de Comunicação da UFRN, a primeira indicação ao se receber uma notícia ou vídeo nas redes sociais que tenha origem duvidosa é checar as informações em canais oficiais, como sites de órgãos públicos, portais e jornais de notícias. “Se identificar que é uma notícia falsa dê um alerta, com gentileza, a pessoa que disseminou o material e no grupo onde recebeu o conteúdo, para que a informação falsa não seja repassada”, orienta.  

A docente ressalta que não é preciso ser jornalista ou da área da comunicação para fazer isso e acrescenta que é um compromisso social combater a disseminação de notícias falsas. “Todos nós temos um compromisso, como cidadãos, em combater a disseminação de fake news. No dia a dia, nos grupos em que fazemos parte, podemos ter essa atitude e ajudar a reduzir essa circulação de notícias falsas”, afirma. 

Ela acredita que ao mesmo tempo que têm-se esse quadro de circulação dos fake news, vemos também o aumento na credibilidade do jornalismo e cita uma pesquisa divulgada recentemente pelo DataFolha. O estudo apontou que programas jornalísticos de TVs e jornais impressos são os meios de comunicação que lideram a confiança do público em relação a notícias divulgadas sobre o Covid-19. Já nas informações compartilhadas no Whatsapp, a pesquisa mostra que 12% confiam nessas informações e 58% não confiam.

Para facilitar o acesso a informações verdadeiras, alguns portais de notícias estão liberando conteúdos para consulta, e existem portais que já estão identificando as fake news e mostrando as informações corretas. Uma agência de checagem de informações no RN também vem trabalhando para combater a desinformação. A Eté Checagem, formada por um grupo de jornalistas independentes, atua combatendo a desinformação relacionada as pautas da população LGBTQI+, de mulheres, negritude e jovens, ampliou seu trabalho e agora está contribuindo também para esclarecer informações sobre a pandemia de coronavírus. 

A professora substituta do Departamento de Comunicação da UFRN, Leila Salim Leal, que é uma das responsáveis pela agência, informa que se alguém tiver dúvidas sobre dados ou outras informações divulgadas por autoridades pode entrar em contato por meio das redes sociais da Eté Checagem (Twitter e Facebook). 

“Entendemos que o combate a desinformação é uma peça fundamental e indispensável para promoção do direito à informação e também direito à saúde pública. Identificamos uma série de notícias falsas circulando nas redes sociais e buscamos checar esses conteúdos para divulgarmos as informações corretas e mais completas”, explica. A agência trabalha com selos para designar as informações checadas, que dizem se o conteúdo é verdadeiro, falso, exagerado, descontextualizado ou incompleto. 

Ela orienta que as pessoas procurem fazer o caminho buscando as fontes originais das informações que recebe nas mídias sociais. Isso ajudaria as pessoas a não confiarem em tudo que é compartilhado e checarem esses materiais recebidos. “Indicamos que as pessoas se atentem as fontes citadas nesses conteúdos compartilhados, que muitos vezes se apoiam em instituições de credibilidade. Vá nas páginas oficiais na internet dessas instituições para conferir as informações. E não repasse nenhum conteúdo sem confirmar a veracidade deles”, acrescenta. 

Atento a disseminação de fake news, o Ministério da Saúde divulgou um número de WhatsApp para combater as notícias falsas, que é (61) 99289 4640. Por esse canal, qualquer pessoa pode enviar mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais e saber se a informação é verdadeira, antes de compartilhar. No Rio Grande do Norte, busque informações nas páginas oficiais da Secretaria de Saúde Pública do RN, que disponibiliza uma aba com todas notícias relacionadas a pandemia do Covid-19, e nas secretarias de saúde dos municípios.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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