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16 de Outubro de 2019

Pirataria cresce no mundo dos eBooks, revelam pesquisas

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Pesquisas feitas na Holanda, mais especificamente da Universidade de Amsterdã, mostram que a pirataria em produtos de entretenimento vem diminuindo nos últimos anos, exceto no mundo dos eBooks. Pelo menos é essa a tendência no país europeu. As pesquisas sugerem que a pirataria no mercado editorial esteja relacionada ao modelo dominante de consumo dos livros, por obra e não por serviço.

Comparando duas pesquisas de pirataria quase idênticas feitas entre 2012 e 2017, pela universidade holandesa, os pesquisadores conseguiram analisar as mudanças no consumo de mídia e nos hábitos de pirataria entre o público holandês ao longo dos anos. Os entrevistados responderam perguntas sobre o consumo legal e não-autorizado de música, filmes e TV, jogos e livros.

A conclusão mais geral e, inclusive um pouco óbvia, foi que, entre 2012 e 2017, o interesse por bens e produtos físicos despencou. Entre as curiosidades apresentadas pela pesquisa, as mulheres começaram a piratear mais livros e menos jogos e música entre os anos analisados. Além disso, os dados revelam que, em geral, pessoas menos instruídas utilizam menos produtos piratas, rompendo consensos pré-estabelecidos.

O número de pessoas entre os entrevistados que compravam filmes ou produtos televisivos em formatos físicos foi reduzido de 44,8% para 19,9%. A queda quase pela metade foi acompanhada no universo da música, com os atuais 20,4% de consumidores que ainda optam pela mídia física. Nesse cenário, os livros físicos tiveram a menor queda, com 61,4% ainda comprando livros, contra os 69% de 2012.

A tendência coincide com um grande aumento nas vendas digitais de produtos da indústria cultural. O número de pessoas que compraram entretenimento digital aumentou em todas as categorias, quase triplicando na categoria de filmes e TV, o que provavelmente se deve aos bem-sucedidos serviços de streaming disponíveis no mercado.

A pesquisa ainda revela que a porcentagem de pessoas que fazem download ou transmitem conteúdo de fontes não-autorizadas, praticando a pirataria, diminuiu em quase todas as categorias. Esse efeito é mais significativo para músicas e jogos, enquanto a pirataria de filmes e TV permaneceu relativamente estável. A única categoria para a qual a taxa de pirataria subiu foi a de eBooks. Entre 2012 e 2017, o número de downloads ilegais de livros digitais aumentou de 6,3% para 7,7%, o que é significativo para o mercado.

Fonte: Canaltech, disponível em: https://canaltech.com.br/pirataria/tendencia-inversa-pirataria-cresce-no-mundo-dos-ebooks-152425/

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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